quinta-feira, 28 de abril de 2011

Luis Barragán

Luis Barragán foi um dos maiores nomes da arquitetura mexicana do século XX e único de seu país a receber o premio Pritzker (1980). Ele nasceu em Guadalajara em 1902, numa família rica, e morreu na cidade do México em 1988.

Sua obra foi uma feliz combinação entre o estilo e as cores tradicionais do México, e Modernismo Europeu. Isto resultou num estilo próprio, muito chamativo e bonito, rico em textura, contraste, luz, sombra e cores vibrantes.

Apaixonado por paisagismo, a natureza e a água foram uma constante em suas obras. Sua própria residência, construída em 1948, é patrimônio da humanidade (UNESCO) desde 2004 e representa plenamente sua linguagem arquitetônica.








O PODER TRANSFORMADOR DA LUZ

O arquiteto mexicano Luis Barragan costumava afirmar que “uma casa é um refúgio, uma peça emocional de arquitetura, não uma peça fria de equipamento” e que “qualquer obra de arquitetura que não seja uma expressão de serenidade é um erro”.

Essa sensação de serenidade, propiciada pela arquitetura, pode funcionar como um antídoto contra a angústia e o medo tão presentes no mundo atual. Ao invés de concentrar-se na aparência dos edifícios, a arquitetura deveria se dedicar prioritariamente à criação de lugares que permitam os encontros, os relacionamentos e a alegria, ao mesmo tempo que possam possibilitar estados como a solidão, a contemplação, e o encontro com o nosso interior. A presença qualificada da luz natural na arquitetura é um dos elementos fundamentais nessa busca.

Muitos dirão que raramente há um espaço habitável que não disponha de luz natural, mas geralmente isso não é mais do que o cumprimento das exigências legais mínimas de habitabilidade. Estou falando de uma exploração da luz natural que vai muito além de fazer um buraco numa parede, que potencialize a experiência espacial em todos os tipos de ambientes. Em vez de limitar as entradas de luz a aberturas nas paredes dos espaços, pode-se explorar a luz que vem de cima, tão esquecida na arquitetura corrente, e assim trazer o céu para o interior das nossas casas e apartamentos.


Entre a arquitetura e a luz natural existe uma relação profunda e indissolúvel: faz sentido dizer que uma não existe sem a outra. O mais extraordinário templo grego ou catedral gótica não passariam de matéria inerte sem luz. Por outro lado, a luz sem arquitetura perderia muito do seu encanto, pois são os objetos do mundo que a revelam.

A luz, com suas variações e movimento, é a única coisa capaz de tensionar o espaço para o homem, de tornar o espaço visível e dar-lhe vida. Quando se consegue um diálogo entre o espaço, a luz que o percorre e o homem que o habita, aí aparece a Arquitetura. Algo muito fácil e difícil ao mesmo tempo.

Caso a arquitetura ainda mantenha como objetivo criar espaços emocionalmente benéficos, deve rechaçar ou pelo menos minimizar o seu envolvimento com tendências e modismos superficiais, voltando a explorar relações entre os edifícios e o mundo que permitam ao habitante transcender as circunstâncias da vida e conectá-lo à forças vitais da natureza. Não estou falando de coisas esotéricas, mas simplesmente de estabelecer relações mais claras e intensas entre os espaços que habitamos e aspectos essenciais e permanentes do mundo em que vivemos: o céu com suas nuvens e estrelas, as brisas, a chuva, a vegetação e, é claro, o sol.



Ilustrações: à esquerda, residência do arquiteto Luis Barragan, na Cidade do México; à direita, edifício de escritórios para os professores da Fac. de Matemática, PUC/Chile, de autoria do arquiteto Alejandro Aravena.



Fonte: http://usuarq.blogspot.com/2006/06/o-poder-transformador-da-luz.html




Comentário: Criar estratégias arquitetônicas para se conseguir uma iluminação natural é fundamental em um projeto, principalmente nos dias atuais, onde o tema sustentabilidade tem sido muito discutido. E seja a luz natural ou não,  em um ambiente é extremamente importante. A iluminação caracteriza o ambiente e pode ser ponto de atração aos usuários quando bem trabalhada. Num projeto arquitetônico e de interior é fundamental projetar pensando na LUZ, seja ela artificial ou natural, tal qual com a mesma importância. Os efeitos da luz podem despertar variadas sensações e sentimentos nas pessoas. Pode acalmar, pode alegrar, pode dar sono, pode despertar, pode chamar a atenção para alguma coisa... A iluminação em um ambiente tem efeitos diversos dependendo do pé direito, tamanho do ambiente, dos móveis, paredes rugosas ou lisas e principalmente as cores.

Cores, marcas e ambientação


Estudos mostram que menos de 0,001% dos nossos pensamentos é consciente. Esta constatação, de neurocientistas, nos ajuda a avaliar as nossas próprias atitudes em diferentes situações. Desde cedo, somos aconselhados a pensar antes de agir, mas, na verdade, primeiro sentimos, depois pensamos para, somente então, agirmos. Uma grande parte das nossas ações resulta de sensações absorvidas inconscientemente.

Esta informação, quando avaliada do ponto de vista das marcas e da ambientação dos pontos de venda, é de extrema valia. Há uma série de ferramentas que podemos utilizar exatamente para despertar sensações em shoppers ou nos consumidores. Entre estas ferramentas, vamos destacar especificamente as cores.

As diferentes cores e suas tonalidades são diretamente relacionadas às emoções. Claro que, para cada um, a sensação é diferente, uma vez que ela depende da nossa cultura e do nosso repertório. No entanto, ao se criar uma marca, uma embalagem ou a ambientação de uma loja, a preocupação com a cor deve estar entre as prioridades.

A cor escolhida será a referencia para a rápida identificação e, consequentemente, precisará transmitir as sensações pelas quais a marca pretende ser percebida pelo seu público. Dependendo da cor escolhida, ela também ajudará a despertar o desejo. E, principalmente no PDV, provocar o desejo do shopper é fundamental para a concretização da venda.

Para cada público e para cada mensagem que se deseja passar, há cores mais indicadas. O vermelho é a cor do alerta, do sinal de atenção e ajuda a despertar adrenalina e, inclusive, estimula o apetite. Por isso, muitas redes de fast food incluem na sua ambientação a cor vermelha. O rosa transmite mais a sensação de relaxamento, assim como o azul, relacionado à tranqüilidade. Já o amarelo desperta alegria, criatividade e também está relacionado ao apetite. O marrom, por sua vez, está mais relacionado ao rústico e as formas naturais, assim como o verde. Já o branco é a cor da paz, muito utilizado para transmitir a imagem de limpeza e inocência.

Além de usar a conotação de cada uma das cores na comunicação da marca, a escolha também é essencial para a ambientação das lojas. É preciso sempre pensar no PDV como um espaço de relacionamento e atração. Assim, na maioria dos casos, as lojas geralmente utilizam uma cor padrão, na maior parte das vezes neutra, que propicie um bom destaque para as mercadorias expostas. Cores mais fortes ou diferentes podem ser distribuídas ao longo do estabelecimento, de acordo com as sensações que se deseja despertar.

Em um supermercado, por exemplo, é comum a área de hortifruti apresentar tons de verde exatamente para enfatizar ao consumidor a origem dos produtos ali expostos. Nos caixas, é mais comum cores relaxantes como a azul, para diminuir a sensação do tempo de espera e transmitir mais tranqüilidade na hora da conclusão e pagamento da compra.

Utilizar a iluminação de forma cenográfica para alterar as cores do ambiente durante o dia, também pode ser uma excelente alternativa. O emprego de luminárias com LEDs, por exemplo, além de economia de energia quando comparadas a outras fontes de luz, permite a diversificação das cores e pode ajudar a estimular diferentes sensações no ponto de venda.

Para escolher a melhor alternativa, o primeiro ponto é saber qual a sensação e que se deseja passar ao público em cada espaço. A partir desta definição, é possível buscar alternativas e utilizar as cores para atingir este objetivo. Para cada situação, há uma cor que pode influenciar fortemente as pessoas e ajudar tanto na atratividade, como na fidelização dos clientes.

Gilberto Stunck (Sócio fundador da DIA Comunicação e membro do Conselho Consultivo e do Board Internacional do POPAI Brasil) .




Como as pessoas transitam num supermercado




Depois de 5 meses observando 60 mil compradores em supermercados, a empresa americana Sorenson Associates pode dizer exatamente como as pessoas se movimentam dentro de uma loja deste tipo.Veja as conclusões do estudo:

1.Os consumidores não passam por todos os corredores. A tendência é aterem-se somente ao perímetro central da loja.

2.A decisão de compra acelera à medida que a visita à loja progride. No começo da visita o consumidor leva pouco mais de 28 segundos para decidir-se pela compra de um produto. No final este tempo cai para 9 segundos.

3.A colocação do produto é mais importante do que o produto em si. Mais produtos são comprados a 1 metro do chão, ou ao nível da barriga, do que ao nível dos olhos.

4.As pessoas compram produtos em prateleiras do lado esquerdo do corredor duas vezes mais do que do lado direito.

5.Um forte merchandising é mais importante na frente da loja, no início da visita.

Mesmo que sua loja não seja um supermercado, estas conclusões podem ajudá-lo com a colocação de seus produtos e táticas de “displayagem”. Crie um display logo na entrada da loja, onde certamente será visto por quem entra e que, deixado no fundo, certamente deixaria de ser visto por quem sai antes de atingir esta área da loja. Coloque os produtos que quer vender em primeiro lugar na “zona de impacto”, que vai de 91cm a 1,82m. do chão.


Fonte: http://mkt-negocios.blogspot.com/2009/12/como-as-pessoas-transitam-num.html

A música que toca na sua loja pode interferir diretamente nas vendas

Escrito por Camila Hungria

Outro dia estava em um restaurante e notei que algo estava me irritando no ambiente (e contribuindo para que eu ficasse agitada, impaciente e comesse rápido demais): a música. Na contramão desse acontecimento, em outro momento,  em uma loja de roupas femininas, me surpreendi com uma cliente elogiando a música ambiente e perguntando à vendedora se, por acaso, a loja teria outras indicações de trilhas sonoras.

A música ambiente de um estabelecimento comercial é um fator que deve ser levado em consideração e merece uma atenção especial do empresário, pois contribui diretamente para o tempo de permanência do cliente no local, bem como para o seu estado de espírito, o que pode levá-lo a consumir mais, ou menos.

Algumas marcas, como a americana Abercrombie & Fitch, loja de menswear, por exemplo, utilizam a música em suas lojas como principal estratégia de venda. A trilha sonora cuidadosamente escolhida cria um clima de “balada”, o que anima os clientes e os leva a consumir mais e com mais disposição. O mesmo conceito é usado na Gola, loja de roupas masculinas localizada no Shopping Morumbi, em São Paulo.

Entretanto, é preciso ter cuidado no momento de implementar uma estratégia como a usada pela Abercrombie&Fitch e pela Gola. A mesma música pode não ter o mesmo efeito, benéfico, em uma loja de roupas esportivas, em um restaurante japonês ou em uma loja de carpetes, por exemplo. De acordo com Alessandro de Paula, proprietário da AMP Music, consultoria especializada em desenvolver trilhas sonoras específicas para cada marca, serviço chamado de sound branding, “a música ambiente de uma loja, além de fortalecer a identidade da marca, cria um vínculo e uma identificação com o cliente, e por isso é preciso estudar cuidadosamente qual será essa trilha e se ela tem a cara do consumidor da marca”.







terça-feira, 19 de abril de 2011

Jantar no Escuro oferece uma experiência sensorial aos seus participantes

São Paulo é São Paulo é mundialmente reconhecida como uma capital gastronômica, por abrigar excelentes restaurantes dos mais diversos tipos de cozinhas. Além disso, a cidade é um centro cosmopolita sempre conectado com as inovações que acontecem no mundo. A união destas características gerou mais uma novidade que vem despertando a atenção dos paulistanos, o jantar no escuro!

Em um clima acolhedor e intimista, as pessoas participam de um jantar completo (entrada, prato principal e sobremesa), só que totalmente vendadas. Contudo, a experiência gastronômica é apenas um pretexto criado pelas psicólogas Elis Feldman e Maria Lyra, responsáveis pela empresa que organiza o evento, Ateliê No Escuro Gastronomia, para estimular o público a aguçar os outros sentidos.

Durante o jantar, os pratos, elaborados para serem consumido com as mãos, utilizam ingredientes que agradam ao paladar e à imaginação, com texturas e harmonizações originais que intrigam e surpreendem, desafiando os participantes a decifrá-los sem o auxílio da visão. A surpresa é o fator determinante, já que os participantes são estimulados através de interações musicais, aromáticas e literárias a experimentarem a sinestesia que o encontro proporciona.

O conceito do Jantar no Escuro foi inventado pelo alemão, Andreas Heinecke, como parte da mostra “Dialogue in the Dark”, evento itinerante que roda o mundo desde 1988. A mostra surgiu como resultado das dificuldades e discriminação que Heinecke encontrou quando trabalhava para uma TV alemã, em 1986, e teve de montar um programa de treinamento para um colega que havia perdido a visão.





Grupo teatral oferece experiência sensorial em plena rua Augusta

Em meio a uma das ruas mais ecléticas e badaladas de São Paulo, jovens são convidados a viajar pelo imaginário.

Thais Sabino, especial para o iG Jovem

Um convite para entrar na área dos fundos de uma hamburgueria da rua Agusta, com a condição de usar uma venda nos olhos e não saber sequer o que aguarda após passar pelas duas portas, pode soar estranho. Mas é este mistério que atrai jovens, em meio aos bares e baladas, a assistir, ou melhor, sentir a peça de teatro sensorial Kinema, do grupo Sensus.

“Tem gente que está passando na Augusta, vê que aqui tem a apresentação e entra para ver”, afirmou a diretora Thereza Piffer. Segundo ela, o espetáculo é individual, adaptado de acordo com a reação do espectador. Assim que aceita a proposta, o convidado aguarda em uma sala silenciosa, de sofás vermelhos e luz baixa. A Kinema acontece atrás de cortinas negras.

“Sente-se confortável?”, é a pergunta de um dos atores após colocar a venda nos olhos do visitante. Em seguida, as mãos dele são amarradas e ele é conduzido pelos atores, já que a peça acontece em movimento. Com os olhos fechados, os outros quatro sentidos ficam aguçados e as vozes dos intérpretes que rodeiam o espectador soam mais profundas. As falas são sobre filosofias de vida e abordam o instinto humano, busca pela felicidade, pecado, liberdade e amor. O espetáculo consegue simular desde a ação de remar um barco até o voo de um pássaro, com barulhos, água, odores e vento. “O objetivo é mexer com o imaginário”, explica Thereza.

Ao final do trajeto, as expressões são de encantamento e leveza. “Seja bem-vindo”, é o que o espectador escuta de um dos atores. Durante a apresentação, segundo Thereza, a pessoa passa por 15 intérpretes e é fácil perder a noção do tempo. “Tem gente que acha que durou alguns minutos, outras que durou mais de uma hora, mas a Kinema acontece durante 40 minutos”, disse ela. Sendo que a cada dois minutos, um novo espectador entra pelas cortinas pretas.

O grupo Sensus existe há 6 anos e os integrantes da equipe não têm um perfil padrão. “Tenho atores a partir de 21 anos, alguns ainda estão na faculdade”, conta Thereza, que também trabalha com profissionais da faixa de 30 e 40 anos. Para interpretar a Kinema, a diretora avalia como a pessoa lida com o ego e aparição. “Os espectadores estão de olhos fechados,  eles não vêem os atores, então, se a pessoa quiser fama não tem o perfil para o grupo”, explica. Mas, ao mesmo tempo, os artistas têm a oportunidade de sugerir mudanças no espetáculo e adaptar a própria performance.

A apresentação da peça Kinema acontece às quintas-feiras. Como o espetáculo é individual, o espectador escolhe o horário que quer ir, entre 21h e 23h. “Dá para vir depois do trabalho, da novela e antes da balada”, disse Thereza. A peça fica até o final de março na hamburgueria Del Gusta e, depois, segue para outro espaço ainda não definido. “Quero continuar com o espetáculo até o meio do ano”, afirmou a diretora.


Marketing Sensorial: como atingir todos os sentidos do consumidor na hora da compra

Aproximar o consumidor ao universo da marca tem sido a tarefa do marketing sensorial para agregar valor e proporcionando experimentação diferente

Por Thiago Terra, do Mundo do Marketing | 04/09/2007

 
Na busca pela integração cada vez maior entre clientes e produtos, as empresas estão buscando outras ferramentas para agregar valores às marcas e trabalhar com os cinco sentidos do ser humano na compra vem surtindo efeito direto no aumento das vendas, segundo especialistas e profissionais que desenvolvem este segmento. A utilização deste mecanismo sensorial em uma promoção, por exemplo, está relacionado ao posicionamento da marca perante o mercado de consumo.

Aproximar o consumidor ao universo do produto tem sido a tarefa deste segmento. Procurando agregar valor a marca, proporcionando ao consumidor uma experimentação sensorial diferente, Carlos Palomino (foto), Diretor Executivo da Dabster, empresa de marketing promocional, explica como as empresas estão se preparando para o marketing sensorial com a teoria de que um estímulo sensorial sempre gera curiosidade, aguça a curiosidade dos consumidores de qualquer tipo de produto através de estímulos sensoriais. “Além de muito benéfico, aumenta o número de experimentações e também a abrangência que esse produto pode atingir”, diz Palomino em entrevista ao Mundo do Marketing.

Preparar uma empresa para trabalhar com o marketing sensorial é desenvolver estratégias e materiais nos pontos de venda para impactar o consumidor nas lojas. Em muitas companhias, chamar a atenção do consumidor e reter ele dentro da loja pode estar relacionado com alguma experiência sensorial com o produto ou marca. A Aktuell p.s.v.a, empresa que recentemente ganhou o primeiro lugar no prêmio Melhor Campanha junto ao Varejo do Globes Awards 2007, realizado pela AMPRO, desenvolveu uma série de ações inovadoras para apresentar os benefícios do produto Supradyn, da Bayer, e estimular a experimentação do produto.

Marketing de experiência
Um dos destaques é o SupraCine, que acontece até o dia 17 deste mês, é a apresentação de um vídeo em 4D para o público. O filme reproduz efeitos especiais, como de vento, cheiro de café, pingos de água, trabalhando assim, com os sentidos sensoriais dos consumidores, segundo Rodrigo Rivellino (foto), Sócio da Aktuell. “Esta é uma experiência importante porque busca sensações residuais nos consumidores e com isso, cada vez mais o produto atinge o maior número de integração possível com o consumidor”, afirma ao site.

Tudo o que é feito para atingir os consumidores aguçando seus sentidos é através do marketing de experiência. A marca Villa Romana utiliza em todas as lojas de qualquer lugar do país, o mesmo layout, a mesma arquitetura para que haja um reconhecimento do público à marca através do sentido da visão. Para aprofundar mais neste segmento, a marca aderiu o marketing olfativo e conseguiu atingir um nicho de mercado que ninguém conhecia. “A audição, o tato e a visão já eram utilizados no mercado, então a BioMist trouxe esta idéia da Ásia e Europa”, diz Rubens Valentim, responsável pelo marketing da BioMist, empresa especializada neste segmento. Para o executivo, a tendência é que as empresas queiram que o consumidor tenha apenas um relacionamento com a marca e não com o produto.

O Marketing Olfativo é definido em três características principais que classificam sua importância em uma estratégia de marketing. A primeira é fazer com que o cliente passe mais tempo na loja, sem que ele perceba, através de uma fragrância agradável no local, que tenha a ver com o público da loja e a marca, e assim o consumidor dispõe de mais tempo para efetuar suas compras.

Experiência da marca
A segunda característica é a aplicação da Logo olfativo, que é uma fragrância exclusiva da marca, que é recolhida com um briefing que abrange cores, marca, layout, particularidades da marca, arquitetura, segmento, produtos, etc, desenvolvendo isto nas lojas através de aparelhos que aromatizam o ambiente automaticamente, sem gerar trabalho a mais para funcionários no ponto de venda. Quando a loja é grande pode ser utilizado o ar-condicionado central ou um aparelho maior ainda para lojas que não utilizam refrigerador de ar. “As lojas não podem ficar presas apenas a aromatização delas, nós fazemos também a aromatização de gôndolas, anúncios em revistas, malas diretas, brindes, catálogo. A marca vai para a casa do cliente”, diz Valentim, da BioMist.

Como novidades para este setor muitas tecnologias estão sendo desenvolvidas para gerar estímulo e agregar valor na experimentação dos produtos. Exemplos de inovações são as telas interativas, os filmes 3-D, aromas micro-encapsulados que liberam o mesmo odor do produto ou relacionado ao conceito dele. O diretor da Dabster ressalta a experiência sensorial que traz o consumidor ao conceito da empresa e os faz vivenciar e se aproximar ao que é a marca. “É como deixar um carimbo na mão do consumidor, o que é melhor do que um folheto ou uma abordagem”.

O retorno para quem utiliza o marketing sensorial vem dividido em três partes: faz o consumidor permanecer o maior tempo no ponto de venda, chama a atenção para uma ação e aumentar as vendas. Rubens Valentim, da BioMist, diz que este segmento aumenta as vendas diretamente e em feiras, as pessoas sentem o cheiro do produto de longe e vão até o stand.




Salão INSPIRAMAIS: Espaço sensorial apresenta inspirações para o Verão 2012

Experimentar, descobrir e assimilar as inspirações de moda Verão 2012 por meio da visão, audição, olfato e tato: este é o objetivo do Espaço Sensorial instalado no Salão Inspiramais – Salão de Design e Inovação de Componentes, que reúne 150 empresas do segmento de calçados, couro, acessórios entre os dias 01 a 03 de fevereiro no Centro de Convenções Frei Caneca (SP) e espera receber 3 mil visitantes que integram o mercado de moda para calçados e acessórios e buscam por inovações para incrementar suas futuras coleções.



Segundo o estilista Walter Rodrigues, idealizador do espaço e diretor do Núcleo de Design da Assintecal, no Espaço Sensorial o visitante poderá visualizar no vídeo projetado no teto com imagens que retratam as inspirações para o Verão 2012; também poderá ouvir por meio de caixas acopladas nas esteiras especiais, músicas e informações associativas ao Verão 2012. Uma leve  essência de chá verde é outro elemento que integra a instalação, atiçando o olfato dos participantes que mais tarde, ao redor das esteiras, poderão ter a experiência do tato, manipulando as criações de componentes em couros, metais, fitas, entre outros elementos.

Esta instalação está integrada ao Fórum de Inspirações, vitrine com as principais inovações e lançamentos em componentes para o Verão 2012 que também traz palestras da pesquisa de moda da nova temporada, realizadas pelo estilista e coordenador do núcleo de design da Assintecal, Walter Rodrigues.

Paralelas às palestras, estão programadas visitas guiadas ao local da exposição de componentes das empresas participantes. A idéia é promover um espaço de experimentação, onde as empresas poderão fazer um “exercício” de aplicação dos materiais expostos dentro da sua própria coleção. A iniciativa é uma realização da Assintecal, Abicalçados e CICB.

A realização é da Assintecal – Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos, com apoio da ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, SEBRAE Nacional, Apex-Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos e CNPQ – Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico. O evento conta com o patrocínio oficial da Lanxess e Amazonas, patrocínio é da Rodhia, Cipatex, Sappi Warren Release Papers, Sintex e Metalúrgica Reuter. Amazonas Logística é a transportadora oficial e Turin Turismo é a agência de viagens oficial.


Com UPPs, aumenta procura de turistas e cariocas por passeios em favelas do Rio de Janeiro

Santa Marta chega a ser o segundo lugar mais disputado em uma agência de turismo

Com o avanço das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) em favelas cariocas, essas comunidades entraram de vez na rota turística da cidade. A fórmula para atrair cada vez mais turistas é a bela vista panorâmica da capital e a segurança proporcionada pela polícia. O R7 visitou as comunidades do Santa Marta (Botafogo, na zona sul) e do Chapéu Mangueira (Leme, na zona sul) e ouviu de guias locais e agências de turismo que a procura de estrangeiros e de moradores do Rio de Janeiro é crescente.

O Santa Marta, primeira comunidade a ganhar uma UPP, em dezembro de 2008, é o segundo passeio mais procurado na agência de turismo Jeep Tour. De acordo com Rafael Ricci, diretor da agência, a favela só perde para o Corcovado. Nos últimos oito meses, a empresa diz ter levado 1.500 pessoas para conhecer essa comunidade.

- O lugar se tornou mais uma opção de turismo, além do Cristo e do Pão de Açúcar. Além da curiosidade dos turistas, o apelo da UPP fez o produto ficar mais interessante e deve ser valorizado, pois ajuda a perder o medo, que sempre foi tão característico nesses locais.

Os estrangeiros procuram mais a agência do que os brasileiros, que chegam à comunidade por conta própria e são atendidos por guias locais, como Thiago Firmino, morador do Santa Marta nascido e criado no local. Ele, que cobra R$ 25 por pessoa pelo passeio, conta que atende até 50 turistas por dia em períodos de alta temporada, como o Carnaval e o Réveillon.

- Faço panfletagem na praia. Criei um blog sobre a comunidade, faço os cartazes de divulgação do meu trabalho e ainda fiz um crachá. Isso tudo sem ajuda nenhuma do governo.

Estátua do Michael Jackson

Firmino defende que é melhor conhecer o Santa Marta com um morador do que com um guia, que pode não conhecer tudo do local. Logo na subida da favela fica evidente que o guia, simpático e falante, se destaca entre os cerca de 6.000 moradores da comunidade. Antes de pegar o bondinho, que leva cinco minutos para chegar ao ponto mais alto do morro, Firmino é parado por pessoas que pedem informações sobre o ponto mais famosos do Santa Marta.

- A laje onde tem a estátua do Michael Jackson é o lugar procurado pelos turistas. Vir na comunidade e não passar na laje é como viajar e ficar dentro do hotel.

O lugar foi uma das locações do clipe They Don't Care About Us (Eles não ligam para a gente, na tradução do inglês), gravado em 1996 no Santa Marta pelo cantor. No local, um grupo de americanos tirava fotos ao lado da escultura, levada à comunidade após a morte do cantor em junho de 2009. A turista Eve Trkla foi com os dois filhos visitar a comunidade.

- Nunca tínhamos ido a um lugar como esse. Achei muito interessante e a vista é realmente linda. O passeio vale a pena.

Após conversar com o tradutor dos americanos, Firmino, que "arranha" no inglês, comenta que a pacificação melhorou as condições de vida e de trabalho na favela.

- Eu sou guia desde 2007. Uma vez fiquei preso dentro da minha casa com um grupo de gringos, porque o tiroteio estava comendo solto. Hoje, não tem mais isso aqui. Não tem mais armas na favela. Meu filho brinca o dia todo por aí e eu não fico mais preocupado.

E é justamente a segurança o principal fator que permite o acesso dos turistas ao Santa Marta, que conta atualmente com policias e nove câmeras vigiando o local. Apesar disso, o morador reclama que falta infraestrutura e eventos para os turistas.

- Não tem banheiros químicos, por exemplo. Quando os gringos estão precisando fazer xixi, a gente apela para a casa dos vizinhos. Além disso, não tem lazer que mantenha eles aqui na favela. Eles vêm tirar fotos e vão embora. Precisamos de lazer como feijoada, rodas de samba e até o extinto baile funk.

Apesar dos problemas, Firmino registra todos os momentos do Santa Marta em fotos e documentários, com dinheiro do próprio bolso, e quer tombar barracos para preservar a história da comunidade.

Chapéu Mangueira

No morro Chapéu Mangueira, os moradores aceitaram bem a chegada dos policias da UPP, conforme relata o comerciante João dos Santos, que nasceu na comunidade.

- Aqui nós sempre fomos organizados, mesmo quando ainda tinha traficante armado na favela. Com a chegada da polícia, eu percebi, através dos clientes que compram no mercadinho, que aumentou muito o número de turistas.

Por outro lado, David de Jesus, dono de um bar no Chapéu Mangueira, diz acreditar que o perfil da comunidade mudou após a chegada da UPP.

- Hoje já tem muito gringo morando aqui. Antes, a gente sabia o nome de todo mundo e onde todos moravam. Agora, tem muitos desconhecidos por aqui.

Complexo do Alemão

O Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, também começará a receber turistas a partir de abril. De acordo com Lúcia Maria Leite, vice-presidente da ONG Núcleo de Mulheres Brasileiras em Ação, instituição responsável pelo projeto, o objetivo é integrar os turistas aos moradores das comunidades.

- Queremos que eles vejam como é a vida dos moradores da favela. Vamos mostrar a ele como é o dia a dia e como vive a população.


Fonte: http://www.midianews.com.br/?pg=noticias&cat=8&idnot=45987

Cinema de rua de volta em cartaz na cidade

Salas de exibição fora de shoppings retornam com nova proposta: ingressos a preços populares e localização em bairros ou comunidades com poucas opções de lazer

POR CRISTINE GERK

Rio - Eles eram a principal fonte de lazer da cidade até os anos 90, mas gradativamente foram fechando as portas até quase saírem de cartaz. Agora, os cinemas de rua estão fazendo uma reestreia, com novo roteiro: ingressos populares para moradores de bairros onde há poucas alternativas de diversão. A empreitada já é sucesso de bilheteria em vários pontos do Rio e vai se estender a outros pontos, inclusive favelas pacificadas.

Em Sulacap, Zona Oeste, as seis novas salas do Cine 10, no supermercado Carrefour, têm ficado lotadas desde a inauguração, em outubro, sobretudo durante as sessões populares — com entrada a R$ 4. Cerca de 10 filmes estão em exibição para 1.300 lugares, com oferta para todos os gostos: infantil, ‘cult’ e Blockbusters. O programa tem recursos da Agência Nacional de Cinema (Ancine) e do BNDES.

“Moro na Taquara e lá só tem cinema no shopping. Vim para cá porque é mais barato e tem mais opção”, elogia a dona de casa Andrea Santos, 38. Gerente do Cine 10, Fábio Parras defende que mais cinemas como este sejam instalados no subúrbio: “Cinema em shopping acaba gerando outros gastos e desestimula”.

Em Guadalupe, Z. Norte, equipamentos de última geração e poltronas ergonômicas garantiram à sala de 73 lugares na entrada do shopping o posto de cinema com 2ª maior ocupação da América Latina. O 1º lugar é do Complexo do Alemão. Os campeões de audiência em Guadalupe são filmes nacionais, que podem ser vistos a R$ 6 (inteira) ou R$ 3 (meia). Há ainda biblioteca no local, com aluguel gratuito.

“Trazemos alunos e professores da rede pública para exibições com ingressos patrocinados pela Petrobras e promovemos debates. Somos os maiores exibidores de filmes nacionais no Brasil, segundo a Ancine”, gaba-se o coordenador de programação e exibição do Ponto Cine, Léo Barros. “Já recebemos vários visitantes ilustres e agora os frequentadores até são convidados para dar opinião em filmes que estão para estrear”.

No novíssimo cinema instalado com apoio da prefeitura no Alemão, o morador paga só R$ 4 para assistir aos últimos lançamentos do circuito comercial, com direito a tecnologia 3D. São 91 lugares no primeiro cinema dentro de uma comunidade no Brasil. O motorista de ônibus Juarez de Souza, 58, vai pela primeira vez à sala  neste fim de semana com a mulher, depois de indicação da filha: “É muito melhor vir aqui pertinho, ainda mais se tem qualidade boa no lugar”, defende.

Depois do sucesso, novas salas estão por vir

A empreitada está dando certo e começando a se espalhar. Segundo Léo Barros, seis novas salas no shopping Via Brasil, em Irajá, serão inauguradas até junho, além de outras seis no shopping Jardim Guadalupe. “Provamos que essa ideia tem público, dá renda. Estamos desde 2006 nos mantendo com boa margem de lucro”, explica o coordenador, que já está em negociação para construção de três novas salas no Penha Shopping e duas no Centro Cultural Abrigo dos Bondes, em Niterói. “Já temos lugar certo, só precisamos de novos parceiros para conseguir verba para finalizar a construção”, conta.

O gerente do cinema do Alemão, Wellington Cardoso, revela que já começaram obras para construir salas nas comunidades da Vila Cruzeiro, também no Alemão, e Juliana Moreira, em Jacarepaguá, com parceria da prefeitura. Nesta sexta-feira, o CineCarioca Nova Brasília recebeu astros hollywoodianos, como Jamie Foxx, na pré-estreia da animação “Rio”.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Visita Técnica

Foi realizada uma visita técnica a loja Via Mia, localizada no shopping Pátio Savassi em Belo Horizonte, onde foi feita a observação das suas instalações e funcionamento e entrevistas com funcionários. Não foi permitido filmar ou fotografar a loja. As fotos conseguidas foram retiradas do página da loja na internet (http://www.viamia.com.br).

A loja Via Mia vende produtos destinados ao público feminino jovem. São vendidos sapatos, bolsas e acessórios como carteiras, cintos e brincos. A marca Via Mia possui lojas no Rio de Janeiro, em Recife, Salvador, São Paulo, Belo Horizonte e Vitória.

Segundo a gerente da loja localizada no Shopping Pátio Savassi, as lojas da Via Mia seguem um padrão de decoração e arquitetura. 

A loja Via Mia do Shopping Pátio Savassi, possui uma decoração que parece uma sala de estar. Os produtos são expostos em cima de prateleiras ou pendurados em cabos, o que permite que o cliente possa pegar no produto. A loja possui espaço para estoque de produtos no interior da loja, onde não tive acesso. Não há escritório ou espaço destinado aos funcionários como copa e banheiros. 

A loja possui uma iluminação bem aconchegante de forma que apenas o fundo dos mobiliários onde são expostos os produtos  recebem pontos de iluminação fortes, com o objetivo de destacar os produtos. A loja faz uso de "aromas ambientes" e música ambiente. As músicas que tocam são músicas mais agitadas. 


As fotos abaixo foram retiradas do site da loja. A primeira imagem é da loja do Shopping Pátio Savassi e a segunda é da loja do BH Shopping.






domingo, 10 de abril de 2011

Moradia Estudantil na Ufes : Solução ou Problema?

Estudantes recuperam teatro, o transformam em alojamento improvisado e enfatizam discussão sobre direitos estudantis.

Um espaço desocupado, jogado às traças e decorado com carpetes mofados. Assim era a aparência do antigo Teatro universitário localizado próximo ao Cine Metrópolis na Ufes antes de estudantes de diversos cursos se mobilizarem para a limpeza do local e a sua transformação em uma moradia estudantil. E a partir dessa mobilização, discussões sobre direitos estudantis e vida no Campus fizeram com que o movimento ganhasse mais adeptos na universidade.

O alojamento estudantil já existe nos campi de Alegre e São Mateus mas não é uma realidade para os que estudam em Vitória. Desde 1995 o campus de Alegre, onde se situa o Centro de Ciências Agrárias, possui local com capacidade para 54 pessoas. Os alunos são apenas responsáveis pela manutenção do local, e por isso pagam uma quantia de R$ 10 reais por mês para cobrir esses gastos. As outras despesas são todas pagas pelo Centro. Os alunos, para ingressarem no alojamento, passam por uma seleção na qual é analisada sua situação econômica.

Com o propósito de reivindicar uma moradia para os alunos que estudam em Vitória, o estudante Filipe Alves Borba, 20 anos, estudante de Artes Plásticas se juntou com outros amigos da universidade para ocupar o teatrinho. Felipe acredita que a situação dos estudantes que vêm de outros estados é crítica. " Muitos estudantes da Ufes são de fora como eu, que vim de Minas Gerais. Não é fácil nem barato morar em Vitória. Por isso a gente encara esse lugar como uma moradia urgente."

Segundo o Assessor de Imprensa da Ufes, Luiz Vital, são poucas as moradias estudantis existentes no país e a maioria possui muitos problemas por serem antigas. Ele acredita que muitos desses espaços se tornam locais promíscuos e pontos para usuários de drogas. " Na Universidade Federal de Minas Gerais as autoridades policiais tiveram que intervir no funcionamento dos alojamentos devido à problemas de ordem de segurança. O que se constatou é que muitos dos moradores não eram estudantes da UFMG e a universidade não possuía o controle nesse ponto.", ressalta Vital. Algumas moradias foram construídas juntamente com as universidades e desde então funcionam do mesmo jeito, sem inovações na administração. De acordo com Vital, a melhor maneira de dar aos estudantes o que lhes é de direito, seria a distribuição de bolsas para pesquisas e projetos de extensão que atendessem a demanda de alunos que comprovassem sua baixa condição econômica para, assim, serem ajudados a se manterem na universidade. De acordo com Vital, essa medida já está sendo estudada pelo governo. O assessor acha inviável a construção de um prédio para alojar estudantes dentro da Ufes. "Isso só traria problemas para a universidade" diz Vital.

Os estudantes que ocupam o teatrinho recebem apoio de vários centros e diretórios acadêmicos e também do Diretório Central do Estudantes (DCE). Alessandro Chakal, estudante de Geografia e diretor do DCE afirma que todo movimento em prol ao estudante da Ufes será apoiado.

A assistência do DCE não se resume em doações de material para divulgação do movimento pela moradia estudantil. As medidas para a mobilização já foram apontadas no último Congresso dos Estudantes da Ufes ( Coneufes) e serão devidamente analisadas com a participação de todos os interessados.

Proposta

A proposta dos integrantes do movimento é a transformação do local para a integração dos universitários e a conscientização dos mesmos em frente aos problemas do meio acadêmico. O espaço será, ao mesmo tempo, destinado à realização de eventos artísticos e culturais que possam também ajudar na sustentação do alojamento improvisado. O Teatro é carente de muitas coisas básicas que vão desde uma rede elétrica decente a um chuveiro. Funcionando em regime de auto gestão e construção coletiva, os ocupantes do local se mantêm do jeito que podem. As tarefas são divididas e os materiais são doados ou reciclados. "Já temos uma cama, algumas mesas, recebemos tinta para as paredes , mas aceitamos até sabonete!" diz Filipe.

Essa mobilização não é novidade na Ufes. No dia 8 de outubro do ano passado, um acampamento foi criado em frente ao restaurante universitário ( RU) para que a discussão do problema entrasse também na lista dos candidatos à Reitoria da universidade. A manifestação não obteve o resultado esperado, ou seja , a construção da moradia, já que o reitor eleito não se pôs a favor do projeto. Segundo os idealizadores do movimento, a Administração da Ufes alegou debilidade financeira para a construção de tal empreendimento. Por outro lado, segundo Filipe, a manifestação serviu como experiência para a construção de movimentos que reivindiquem os direitos dos estudantes e o bem estar dentro do campus.

A primeira coisa a fazer, segundo os que lideram o movimento, seria alertar os estudantes sobre o problema. A falta de conhecimento sobre o assunto é uma das dificuldades principais que enfrentam. "Estamos preparando uma Assembléia Geral para que uma proposta seja elaborada e posta no papel a fim de que possamos estar com uma postura melhor frente a ouvidoria e com maior apoio dos alunos. Um dos locais que sugeriríamos para a construção do alojamento seria a área perto da Adufes, que pertence aos estudantes e não está sendo utilizada.",diz Filipe. Enquanto isso os estudantes não pretendem deixar o teatro. "Estamos numa postura radical. Não sairemos daqui antes de conseguirmos uma moradia decente!" , exclama Filipe. " Ficaremos aqui até solucionar o problema, enquanto isso o nosso objetivo é trazer o máximo de alunos para se juntare a nós e aderir a causa", explica Hiardoveck Perpétuo Martins, estudante de física e um dos moradores do teatrinho.

Fonte: http://www.midiaindependente.org/pt/red/2004/11/295829.shtml

Vaga em moradia estudantil é mais concorrida que vestibular

Ao ser aprovado em uma universidade longe de casa, o aluno enfrenta outro desafio: encontrar um novo lar


Passar no vestibular da Universidade Federal da Bahia para Ciências Naturais, em 2006, foi o passo menos difícil para Sandoval de Souza, de 30 anos, cursar o ensino superior. "Não tinha como me manter em Salvador", diz Souza, de Uruçuca, a 405 quilômetros da capital. Um drama comum a milhares de brasileiros que estudam longe de casa.

Souza descobriu que a disputa por vaga nos alojamentos da UFBA era bem mais acirrada que a do vestibular. Depois de trabalhar numa pousada em troca de cama, ele participou de uma invasão de 35 "sem-teto" na Faculdade de Farmácia, por uma semana. Só aí conseguiu vaga num alojamento. Mas foi barrado pelos colegas de quarto. O motivo? Souza é homossexual.

"Hoje, temos quartos exclusivos para homens, mulheres e gays", conta o estudante, que se tornou representante da R2, residência estudantil com 36 vagas, nas negociações com a Pró-Reitoria de Assistência Estudantil.


Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,vaga-em-moradia-estudantil-e-mais-concorrida-que-vestibular,409274,0.shtm

Moradias estudantis vão do estilo moderno à completa degradação

FERNANDA CALGARO
LUISA ALCANTARA E SILVA

da Folha de S.Paulo


Cada um tem a sua prateleira na geladeira, a bronca pela bagunça não vem mais da mãe e há lista de tarefas. Essa é a realidade de muitos vestibulandos, para os quais ingressar na universidade significa também passar a dividir uma casa com estranhos. E a vida em comunidade, seja em república ou moradia estudantil da própria instituição, exige o cumprimento de regras para funcionar bem.

Antes disso, porém, há uma dificuldade inicial para o calouro, em geral inexperiente na nova cidade, que é encontrar um lar. Uma dica é obter informações nos CAs (centros acadêmicos) ou departamentos de assistência social da faculdade.

Para quem não pode pagar o aluguel, as universidades públicas no Estado de São Paulo oferecem vagas em moradias e também outros tipos de auxílio. O critério de seleção é a renda.

Na USP, sete blocos de apartamentos no campus do Butantã (zona oeste) abrigam cerca de 1.700 pessoas. Cinco prédios do Crusp (Conjunto Residencial da USP), com cerca de 200 vagas cada um, são para a graduação, e o restante, para a pós.

Cada apartamento tem três quartos, uma sala e um banheiro, distribuídos em uns 50 m2. São em geral três moradores por apartamento, mas é comum haver "hóspedes" -estudantes que não conseguiram vaga, mas têm autorização para ficar. Na portaria do bloco A, por exemplo, há uma lista dos atuais 31 "hóspedes", sem contar os convidados informalmente por alunos, segundo os moradores. A cozinha é dividida com 11 ou até 22 apartamentos, conforme o bloco.

Os cursos de direito e de medicina da USP, que não ficam no campus do Butantã, têm moradias mantidas pelos respectivos centros acadêmicos e mais próximas das faculdades, mas o estado de conservação de uma é o oposto do da outra.

Reformada em 2007 com o patrocínio de médicos e empresários e com decoração moderna, a Casa do Estudante de medicina, na rua Teodoro Sampaio (zona oeste), tem 26 apartamentos com banheiros privativos. Cada quarto, ocupado por dois alunos, foi equipado com computador e internet.

Apesar de ter o mesmo nome, a Casa do Estudante dos alunos de direito é bem diferente. No número 2.044 da avenida São João, ela abriga quase 50 universitários em 27 apartamentos, distribuídos nos 11 andares do prédio, construído nos anos 40 pelo CA.

O estado de conservação é precário. Há muito o glamour do mármore da entrada não é encontrado no restante do prédio, totalmente degradado, com paredes descascadas, fiação exposta, buracos no teto e vazamentos. Os dois elevadores estão quebrados.

"Estamos tentando conseguir parcerias ou mesmo que a USP ajude na recuperação", diz Paulo Rodrigues Neto, diretor do local. Ele entrou em contato com o escritório de arquitetura que fez a reforma da Casa do Estudante dos alunos de medicina, que custou R$ 2 milhões.

Segundo o presidente do centro acadêmico XI de Agosto, Paulo Pereira, a reforma custaria R$ 5 milhões. "Falta o básico, como o elevador funcionando e uma pintura", diz Abulai Sissé, que veio de Guiné-Bissau para estudar na USP.

No interior de São Paulo, a Unicamp mantém, a seis quilômetros do campus, 958 vagas.
A Unesp, com 23 campi espalhados no Estado, tem 1.068 vagas. A cerca de 15 minutos do campus na capital -o Instituto de Artes, no Ipiranga (zona sul)-, há 20 vagas em duas casas. Cada imóvel tem três quartos e dois banheiros.

Nas faculdades particulares, não há moradias, mas em geral departamentos de assistência social ou os centros acadêmicos mantêm atualizados murais com anúncios de vagas em casas e apartamentos.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u410774.shtml 

sábado, 2 de abril de 2011

PROJETO PRAIA PARA TODOS

 




Fonte:  Blog - http://debpedroso.wordpress.com/
Postado por Debora Pedroso


Abaixo uma materia escrita por meu querido Jefferson Maia sobre o projeto PRAIA PARA TODOS. o Projeto Itinerante que contemplara quatro praias cariocas por todo o verao, visa facilitar o acesso da pessoa com deficiencia as praias, usando esteira propria para cadeira de rodas se locomover na areia da praia, , banho assistido por profissionais usando cadeira anfibia para o cadeirante entrar no mar, legal ne?? tem muito mais! leia mais la embaixo o post do Jeff, mas a seguir meu comentario!

Finalmente aos pouquinhos e infelizmente a lentos passos….,o Brasil vai se “adaptando” as nossas necessidades. Aqui em Miami onde vivo, eu ja tenho o prazer de desfrutar de adaptacoes, como o uso da esteira na praia de Hollywood/Miami, onde ja existe igualzinha a que esta sendo usada no projeto PRAIA PARA TODOS. Essa esteira deixa o cadeirante bem pertinho do mar, facilitando assim a vida dos acompanhantes dos cadeirantes e ate mesmo o constrangimento do cadeirante de ser carregado por essas areias tao extensas como as das praias do Rio. A diferenca eh que por aqui ja deve ter umas 5 dessas espalhadas por uma boa parte da praia, evitando assim a criacao de guetos e a aglomeracao daquele monte de cadeira de rodas rsrsr!! eu particularmente prefiro um passeio na praia mais discreto(como se fosse possivel cadeirante ser discreto!), mas prefiro assim, sem aquele encontro com monte de chumbado kakakakak!! preconceito? sei la..pode ser…sou vitima de preconceitos tantas vezes(as vezes velados, as vezes escancarados..nao importa) ja tenho idade o suficiente para assumir meus pensamentos e meus mediocres preconceitos(ou simplesmente opcoes)! acho super valido fazer “barulho” para se conseguir as coisas, reunir a galera para inauguracoes de uma conquista importante como essa…mas na hora de curtir um por do sol com o love…um climinha mais romantico, ouvir o barulhinho do mar de pertinho…sou sincera gente…prefiro ser uma cadeirante exclusiva! po gente…nao levem a mal..to sendo messsmo sincera!!!! mas monte de chumbado reunido, so se for pra jogar basquete(ou Rugby certo Jeff?)!

Porem reconheco a iniciativa do Projeto e sei que isso eh apenas um degrau de uma ardua e lenta subida(que eu ja cansei de esperar….no Brasil tudo eh muito lento e dificil quando se trata de respeitar e fazer cumprir os nossos direitos!), parabens as pessoas que estao por tras deste projeto maravilhoso e fico muito feliz sempre por perceber que ainda tem gente que acredita num Brasil igual para todos e no processo de inclusao da pessoa com deficiencia e espero que muitas esteiras sejam espalhadas tb pelas praias do Rio! alias nao so esteiras…banheiros adaptados..calcadas com rampas….vagas/estacionamento de deficientes respeitadas e multas aplicadas para quem nao respeitar….onibus adaptados, rampas de acesso a tudo(ok..eu me conformo com um “quase tudo”), bem, para finalizar..VOTEM EM MIM rsrsrsrsrsrrsr!!!

Bem, chega de bla bla bla..agora vamos ouvir quem sabe das coisas! o post do Jeff!


“QUANDO SIMPLES ADAPTAÇÕES FAZEM MUITA DIFERENÇA”

Ações simplificadas promovidas por grupo do terceiro setor do Rio de Janeiro com ações positivas em acessibilidade geral do meio público podem fazer toda uma diferença na vida de Pessoas com Deficiência.
A ONG, Espaço Novo Ser, do Rio de Janeiro desenvolveu uma ideia de resultado lógico na prática, e com o devido apoio financeiro e logístico, fácil de por em prática. Na verdade, uma demanda há muito latente nas praias brasileiras, onde o projeto ‘Praia para Todos’ simplifica o acesso pela praia com uma esteira até o meio da faixa de areia, tendo no local grandes barracas estrategicamente dispostas para atender o público usuário, pois, o projeto conta com, além da esteira e toldos, uma equipe multidisciplinar entre profissionais de educação física e terapeutas, além de voluntariado de apoio, tudo para por em prática às atividades desportivas de areia (frescobol, vôlei sentado etc) e as de mar como o banho de mar assistido, com cadeiras anfíbias, para deslocamento e entrada na água, e, o surf adaptado, com apoio do surfista Rico de Souza. O projeto, Praia para Todos, tem caráter itinerante e contemplará passagens em quatro praias cariocas por todos os domingos de verão.

A equipe da ONG, Novo Ser, espera que com esta empreitada, consigamos deixar um legado de acessibilidade na praias brasileiras. Para maiores informações, além do site, www.novoser.org.br o projeto figura na íntegra no hotsite, www.praiaparatodos.com.br , com fotos, relatos etc.

Jefferson Maia Vice-presidente Novo Ser


Por que a deficiência causa estranheza?

Durante esta semana, estava recordando o meu primeiro dia de aula após o meu acidente.
Tinha onze anos de idade e estava cursando a quinta série do ensino fundamental. Conhecia a turma da minha sala desde a quarta série, éramos todos colegas de classe. No entanto, durante o recreio, percebi que a turma estava dividida em três grupos. Todos os grupos observavam-me atentamente. O primeiro grupo aproximou-se, perguntou o que havia acontecido comigo e logo se afastou. O segundo grupo ficou somente me observando e nem mesmo aproximou-se. Notei que os alunos desse grupo, queriam ficar o mais longe possível de mim. Entretanto havia o terceiro grupo, formado pela minoria de alunos. O grupo aproximou-se, prestou solidariedade e proferiu palavras de coragem. Esse grupo, assim como eu, não se enquadrava no corpo “perfeito”, “ideal”, cultuado pela sociedade preconceituosa. Era formado por alunos altos, negros, obesos e que de certa forma, também, sofriam preconceito por parte dos colegas.

De acordo com o ensaio “Preconceito e Discriminação como expressões de violência” das professoras Lourdes Bandeira e Anália Soria Batista, “O preconceito, assim, constitui-se em um mecanismo eficiente e atuante, cuja lógica pode atuar em todas as esferas da vida. Os múltiplos preconceitos de gênero, de cor, de classe, etc. têm lugar tipicamente, mas não exclusivamente, nos espaços individuais e coletivos, nas esferas públicas e privadas. Fazem-se presentes em imagens, linguagens, nas marcas corporais e psicológicas de homens e de mulheres, nos gestos, nos espaços, singularizando-os e atribuindo-lhes qualificativos identitários, hierarquias e poderes diferenciais, diversamente valorizados, com lógicas de inclusões-exclusões conseqüentes, porque geralmente associados a situações de apreciação-depreciação/desgraça. O preconceito se contrapõe às qualidades de caráter, como lealdade, compromisso, honestidade, propósitos que afirmam valores atemporais e regras éticas.”

Naquele momento, não me importava com o que meus colegas pudessem estar sentindo em relação a minha deficiência. Entretanto aquela situação me incomodada.

Em sala de aula não tive uma boa receptividade por parte dos professores. Eles não orientavam os meus colegas de classe sobre a questão da deficiência e a maneira de convivência que respeitasse as diferenças. Isso ocorreu na década de 80, e hoje em dia, aparentemente, a situação é a mesma em muitas escolas.

A doutora Luciene M. da Silva, em seu artigo “O estranhamento causado pela deficiência: preconceito e experiência” afirma que: “O corpo marcado pela deficiência, por ser disforme ou fora dos padrões, lembra a imperfeição humana. Como nossa sociedade cultua o corpo útil e aparentemente saudável, aqueles que portam uma deficiência lembram a fragilidade que se quer negar. Não os aceitamos porque não queremos que eles sejam como nós, pois assim nos igualaríamos. É como se eles nos remetessem a uma situação de inferioridade. Tê-los em nosso convívio funcionaria como um espelho que nos lembra que também poderíamos ser como eles.”

Lamentavelmente muitas pessoas ainda pensam dessa forma. Elas não se colocam no lugar do outro, pelo simples fato desse outro, no caso uma pessoa com deficiência, representar o quanto somos frágeis e o quanto estamos sujeitos as imprevisibilidades da vida.

Atualmente não tenho mais contato com nenhum desses grupos. O primeiro e o segundo já não tinha
mesmo, em relação ao terceiro grupo nossa amizade durou muito tempo. Porém devido às correrias do dia-a-dia e mudanças de endereço, infelizmente, perdemos contato.

O que me deixou muito feliz, foi o carinho e o apoio do terceiro grupo, pois demonstraram o valor de uma amizade e os sentimentos de solidariedade e generosidade. Quanto ao primeiro e ao segundo grupo, espero que tenham mudado a forma de pensar, já que infelizmente perderam a oportunidade de conviver e compartilhar experiências diferentes. Espero, também, que tenham aprendido a valorizar o ser humano na sua essência e não pela sua aparência. E que dessa forma possam transmitir às gerações vindouras, que o respeito ao outro ser humano, independente de sua cor, raça, etnia, característica física ou intelectual é uma demonstração de humanidade e de sabedoria.

Como diz, sabiamente, o colega Gilberto do Blog Nel Mezzo Del Cammim: “Chega de inteligência, o mundo precisa mesmo é de sabedoria!”

Texto escrito por Vera (Deficiente Ciente)

Fonte: http://www.deficienteciente.com.br/2009/10/por-que-deficiencia-causa-estranheza.html

Brasil tem 24,5 milhões de pessoas deficientes


A maioria dos portadores de deficiência no País mora em área urbanizada, tem até três anos de escolaridade, é mulher e quase a metade deles (48%) ocupa a posição de chefe de família. No Brasil, 24,5 milhões de pessoas são portadoras de algum tipo de deficiência, incluindo física e mental, o que representa 14,5% da população em 2000. Esse dado inclui também as pessoas que se declaram incapazes de ouvir, enxergar e andar.
 
O município cearense de Irapuan Pinheiro, localizado na região Centro-Sul do Estado, a 335 km de Fortaleza, está entre os cinco municípios brasileiros com mais portadores de deficiência física (28,84% da população). Os demais são: Frei Martinho (PB), Várzea Grande (PI), Bom Jardim da Serra (SC) e Jericó (PB).
 
Esses dados fazem parte do livro Retratos da Deficiência no Brasil, lançado ontem em Brasília. Pela primeira vez, uma publicação reúne informações de vários setores - saúde, educação, trabalho - relacionadas aos portadores de deficiência.
 
"A principal característica da pesquisa é abordar tipos e graus de deficiência combinados com uma variedade de atributos sociodemográficos e políticas associadas ao setor", diz Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas e responsável pelo trabalho.
 
Produzida em parceria com a Fundação Banco do Brasil, a publicação utilizou números do IBGE e de vários ministérios.
 
Se comparado à média da população brasileira, o portador de deficiência tem desvantagem principalmente em dois setores: renda e escolaridade. A renda do trabalho dessas pessoas é R$ 100 menor que a média geral - R$ 529 contra R$ 628 -, mesmo tendo jornada semelhante. O agravante é que o portador de deficiência tem mais dificuldade para obter uma vaga.
 
"As políticas existentes para inclusão das pessoas com deficiência atacam conseqüências, e não as causas da insuficiência de renda. É importante pensar em ações complementares que dêem motivações para que esse grupo possa avançar de maneira mais autônoma e independente", diz o livro.
 
A legislação em vigor garante um salário mínimo mensal às pessoas com deficiências que tenham renda familiar per capita inferior a R$ 60 (o que representa um quarto do mínimo).

Isso é um dos pontos que explica o fato de 52,46% dessas pessoas se declararem inativas. Apenas 19,12% são empregados (com ou sem carteira assinada) e 12,14% trabalham por conta própria ou empregam alguém.


Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI162008-EI306,00.html