quarta-feira, 18 de maio de 2011

Milionários de BH impulsionam consumo de luxo

O mercado de consumo de luxo, pouco explorado em Belo Horizonte , começa a aumentar seu potencial. De olho nas oportunidades, alguns empresários estão focados nesse público diferenciado, que cresce em ritmo superior ao do Produto Interno Bruto (PIB). Gradualmente, surgem na capital mineira opções de consumo sofisticado de joias, automóveis e gastronomia.

O impulso do segmento de luxo vem no embalo da expansão do número de milionários no país. Em 2009, os milionários – com patrimônio superior a US$ 1 milhão – no Brasil somavam 147 mil pessoas, conforme levantamento do banco Merril Lynch, o que indicou crescimento de 12% desta camada da população .

Este universo sustentou o faturamento de US$ 7,59 bilhões das empresas do mercado de luxo no ano passado, que venderam 22% a mais ante o ano anterior, conforme estudo da MCF Consultoria e GfK Brasil.




Apesar do movimento bilionário, a representatividade do Brasil no mercado mundial de luxo é de 1%. Mas, na condição de economia emergente, já se projeta que, em 15 anos, o país responderá por 5% do segmento.

“Devido ao mercado ainda ser muito pequeno, as taxas de crescimento são elevadas. Isso porque está ocorrendo expansão para praças fora de São Paulo”, analisa o diretor de Atendimento em Novos Negócios da GFK, Antônio Carlos Perrella.

Na pesquisa, além de São Paulo e Rio de Janeiro, outras capitais aparecem com grande potencial. São elas: Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Salvador e Belo Horizonte.

Segundo a gestora da área Institucional da MCF Consultoria, Elaine Póvoas, poucos especialistas esperavam que o segmento de luxo apresentasse uma rápida e robusta recuperação após a crise. “A América Latina, que sempre esteve longe de qualquer prioridade de desenvolvimento, investimento e expansão das marcas de luxo, deve apresentar, em 2010, crescimento de aproximadamente 12%, com fortíssima relevância dos mercados brasileiro e mexicano”, afirma.

A estruturação da oferta de produtos de luxo em Belo Horizonte enfrenta o fato de São Paulo ser o centro de gravidade deste segmento no país. Com a abertura de novos empreendimentos e expansão de outros já existentes, as empresas mineiras tentam reter o consumidor, que muitas vezes viaja para outros estados para fazer compras.

De acordo com os empresários, o segmento está superaquecido, e as perspectivas de crescimento são sempre acima dos dois dígitos. Entretanto, para atuar nesse mercado, é preciso acompanhar as transformações de um público diferenciado, exigente e que tem disposição para gastar.

A oferta de condições de pagamento facilitadas também ajuda a impulsionar os negócios, a exemplo do que acontece entre as classes populares. O parcelamento no cartão de crédito amplia o poder de compra do consumidor de luxo, que acaba levando mais produtos.


Joalheria investe R$ 5 milhões no segmento
Um ponto que ajuda no desenvolvimento do segmento de consumo de alto luxo, de acordo com o empresário Manoel Bernardes, sócio da joalheria de mesmo nome, é a flexibilidade nas formas de pagamento no Brasil. “Quando o cliente tem a possibilidade de pagar em até dez vezes, ele pode ter acesso a diversos produtos em um mesmo momento”. Mas, segundo ele, a ênfase não está no preço dos produtos, mas na diversidade.

O complexo de luxo da loja Manoel Bernardes, recém-inaugurado no 4º piso do BH Shopping, recebeu investimentos de R$ 5 milhões. No espaço estão as principais marcas de relógios do mundo, como Rolex, Breitling, Montblanc, Michael Kors e Cartier. Os valores dos itens variam muito, mas, de acordo com o proprietário, alguns modelos exclusivos, como um Rolex, podem valer R$ 500 mil.

Durante a escolha, o cliente pode apreciar champagne ou uísque. Os atendentes são especializados em cada marca. Segundo Bernardes, o objetivo é atender o cliente sofisticado, que antes viajava a São Paulo para fazer suas compras.

O administrador Thales Barbosa Maffia, de 45 anos, é colecionador de relógios e canetas. Até pouco tempo atrás, viajava a São Paulo para fazer novas aquisições. Dono de mais de 400 relógios e 200 canetas, ele diz que, hoje, boa parte de suas compras já é feita em Belo Horizonte, na loja de Manoel Bernardes.

“Não se compra um produto. Compra-se o produto. O importante não é o preço, e sim a exclusividade, a qualidade, o atendimento, a garantia, entre outras coisas que agregam valor ao relógio”, ressalta.

Maffia faz questão de analisar criteriosamente e com calma cada peça que pretende adquirir. Apesar de ter relógios mais valiosos, como o Patek Philippe, o preferido de sua coleção é o modelo Nicolas Rieussec, da Montblanc, avaliado em R$ 40 mil. “Procuro exclusividade. No Brasil, só existem três dele. Já cheguei à loja decidido a comprá-lo”, diz.

A crescente procura por serviços e produtos de luxo fez surgir um novo profissional, o consultor de mercado e turismo de luxo. O consultor Luís Henrique Sampaio organiza viagens a São Paulo para clientes que desejam fazer compras em lojas e shoppings de alto luxo, ou buscam lazer em teatros e restaurantes de primeiríssima linha. “Os clientes valorizam a satisfação de ter adquirido algo desejado, exclusivo. Mas deixo bem claro quando faço as minhas consultorias: Use por refinamento, nunca por ostentação”, ressalta Sampaio.


Gado tratado com cereal e cerveja
Voltada para o público feminino, a boutique M&Guia especializou-se em alta costura. Em seu port-fólio, a loja tem marcas como Balmain, Dolce&Gabbana, Roberto Cavalli e Emílio Pucci. Segundo a gerente-geral, Lelete dos Mares Guia Farkasvolgyi, o diferencial está na diversidade dos produtos e no atendimento personalizado.

“Conhecemos as nossas clientes e seu perfil. Quando vamos ao exterior renovar a coleção, já identificamos qual peça será do agrado de cada uma delas”, assegura.

Também há atendimento domiciliar. As atendentes selecionam os vestidos dentro do perfil e a pessoa pode escolher. Os preços variam conforme a marca e o corte, mas um vestido da Balmain chega a custar R$ 23 mil.No ano passado, as vendas da M&Guia cresceram 14%. Para 2011, é projetada uma alta de 15%. De acordo com Lelete, a demanda está cada vez maior. “Por mês, temos uma média de 40 novas clientes, dessas, 90% fazem novas compras com a gente. Nosso público é muito fidelizado”, afirma.

A concessionária Euroville, representante da alemã BMW há 12 anos, passou a comercializar no ano passado o compacto inglês Mini Cooper. Por mês, são vendidos 80 carros. O mais barato não sai por menos de R$ 99 mil. Já modelos como a BMW Série 7 podem chegar à casa dos R$ 640 mil.

A assistente de Marketing da Euroville, Thábata Portugal, diz que os clientes procuram, nas duas marcas, potência, garantia, assessórios, conforto e segurança. “Existem clientes que já compraram mais de cinco carros conosco. Muitas vezes, os veículos são presentes para os filhos e as esposas”.

Filipe Geraldes e Marcela Malzone, ambos de 23 anos, abriram a hamburgueria B. Bistrô há cerca de um mês. O hambúrguer mais pedido é o Paris, que custa R$ 29. O Especialíssimo tem entre seus ingredientes o alho negro e a carne de Kobe, a mais cara do mundo. Ela é extraída dos bovinos da raça Wagyu, que são tratados com uma dieta a base de cereais selecionados, cerveja, massagem e música clássica.

Proprietário do restaurante Vecchio Sogno, o chef Ivo Faria diz que o crescimento da demanda é con-sequência da mudança do público.

Observando as possibilidades do mercado, Ivo Faria abriu neste mês uma nova casa com a sua assinatura, a Infinita Empório e Padaria.


Fonte: http://comprenaplanta.net/2011/02/milionarios-de-bh-impulsionam-consumo-de-luxo/






Comentário: Com o mercado de luxo em expansão, a arquitetura e a decoração também ganham espaço importante. Cada vez mais as lojas de luxo investem nos mais sofisticados projetos de arquitetura e decoração. O mercado de luxo não tem medo de ousar. 

domingo, 1 de maio de 2011

Som e música: o sensorial no tratamento do Alzheimer

Investigação do Instituto de Neurociências da Universidade de Salamanca tem confirmado a eficácia da terapia de estimulação sensorial no tratamento da doença de Alzheimer, especialmente a audição e a visão, o que estimula o cérebro do paciente através do som e música.

Nós não estamos falando de cura, mas de manter os pacientes em um nível de ativação de alta capacidade, faz parte do programa de intervenção áreas do funcionamento, tais como cognitivas, neurológicas, emocionais, funcionais e sociais.

A experiência que vem sendo realizado no Centro de Referência Estadual para atendimento das pessoas com doença de Alzheimer e outras demências (CREA) foi desenvolvido durante dois anos ele tem trabalhado com mais de trinta pacientes entre 60 e 80.

“Nós não estamos falando de cura, mas tentar manter os pacientes com um alto nível de ativação para que eles tenham uma melhor qualidade de vida possível”, disse o pesquisador do Instituto de Neurociências, Juan José García Meilan.

A novidade em relação aos programas existente, nas palavras de García Meilan, é  ”tentar trabalhar todos os aspectos cognitivos do paciente”, e em especial “atenção, motivação e emoção.”

“Entre as novas terapias desenvolvidas, foi mencionada a de estímulos sensoriais, especialmente auditivos e visuais, para aguçar o cérebro dos idosos através de sons e música.

O programa inclui ainda “a promoção da estimulação aeróbia”, com o objetivo de “oxigenar o cérebro do paciente para manter a sua efetividade e o prejuízo cognitivo.”

A investigação também inclui a estimulação da memória autobiográfica por meio de faixas de música. O uso desse recurso tem sido argumentado da seguinte forma: “as memórias doentes tem diferentes tipos de música, sejam tristes ou felizes.”



Fonte: http://www.reabilitacaocognitiva.org/2011/04/5498/




Comentário: A música exerce efeitos sobre a gente. Ela distrai, emociona, nós faz lembrar de alguém ou algum momento ou de algum lugar. A música pode relaxar, pode nos agitar. Esse efeito da música sobre as pessoas tem sido aplicado nos variados seguimentos, inclusive no comércio. Tenho notado muitas lojas e variadas lojas, fazendo o uso de música ambiente. E realmente, uma boa música pode mudar nossa percepção e ação dentro de um ambiente.